Nesta entrevista, conheça o João Apolinário, um aluno da Pós-Graduação em Data Science para Engenheiros. Ele partilhou connosco o seu percurso profissional, os obstáculos e o impacto que a formação em Data Science está a exercer na sua carreira.
Qual foi o seu percurso profissional antes de se inscrever no programa em Data Science para Engenheiros?
O meu percurso começou com a licenciatura em Engenharia Eletrotécnica e Computadores no Técnico, onde completei o mestrado integrado em Telecomunicações. Desde então, sempre estive ligado a esse setor. Iniciei a minha carreira na Nokia, numa equipa de “Network and Optimization Planning (NPO)”, trabalhando principalmente com clientes do Reino Unido. Após um ano e meio, surgiu uma oportunidade de me juntar a uma “start-up” de telecomunicações. Foi um desafio arriscado, mas aceitei, pois, era jovem e achei a proposta entusiasmante. Esta experiência foi decisiva para o meu crescimento, visto que passei cerca de seis anos a desenvolver projetos para operadores do Reino Unido e a expandir a equipa. No entanto, com o impacto da pandemia, o trabalho reduziu e a empresa fechou, o que me levou a voltar à Nokia. Mais tarde, integrei a ANACOM, onde atualmente faço parte de uma equipa de regulamentação, onde lido com temas como numeração, segurança e comunicações de emergência.
Quando é que sentiu a necessidade de fazer formação em Data Science?
A ideia de prosseguir com a especialização em Data Science surgiu quando voltei para a Nokia, numa altura em que o tema do IoT (“Internet of Things”) estava em ascensão, há cerca de três anos. Sempre demonstrei interesse em trabalhar com dados, mas foi só mais recentemente que encontrei tempo e oportunidade para me inscrever no curso. Já estava na ANACOM quando me candidatei, mas foi o meu desejo de aprofundar os conhecimentos em dados, especialmente ligados às telecomunicações, que me impulsionou a avançar com esta formação.
Quais foram as competências que mais valorizou ao longo do curso?
Ampliei consideravelmente a minha compreensão na área do “Data Science”, desde os modelos teóricos até às questões éticas envolvidas. Aprofundei, igualmente, bastante o meu conhecimento em áreas como o Deep Learning, que considerei muito relevante. Perceber como funcionam as ferramentas que utilizamos diariamente, como o ChatGPT, foi particularmente interessante. Além disso, no curso fundamental, valorizei muito o projeto prático, dado que permitiu aplicar os conceitos aprendidos de forma contínua e orientada, ao longo das aulas.
Como foi a dinâmica de colaboração com os colegas durante o curso?
Foi uma experiência enriquecedora. Curiosamente, reencontrei uma colega que conhecia do Técnico, o que facilitou muito o trabalho em grupo. Cada um de nós trazia um conjunto de dados diferente, trocávamos ideias e ajudávamos a resolver os desafios que surgiam, numa dinâmica muito positiva.
Como foi a dinâmica de colaboração com a formadora e coordenadora Cláudia Antunes?
A formadora foi muito prestável e mostrou-se sempre disponível para acompanhar os grupos ao longo de todo o projeto. No curso opcional em “Deep Learning” existiu igualmente esse apoio, sobretudo nos laboratórios. O formador esteve sempre disponível para responder às dúvidas, e orientar nos desafios laboratoriais.
O programa está a atender às suas expectativas?
Está a corresponder, e tenciono continuar as formações. Tenho interesse em ingressar no curso de especialização em LLMs. Inicialmente optei pelo Bundle de 3 cursos, contudo até tenho interesse em, possivelmente, fazer mais cursos do programa. É exatamente o que eu estava à procura para melhorar e obter mais conhecimentos nesta área.
Quais foram os principais desafios ao longo do percurso?
O principal desafio foi a gestão do tempo, devido ao formato pós-laboral do programa. Conciliar o trabalho com o projeto e manter a concentração após um dia cansativo foi desafiante. Muitas vezes, o tempo que planeava para dedicar ao projeto acabava por não acontecer. No entanto, a professora Cláudia foi compreensiva e ajustou o ritmo das aulas, reconhecendo o cansaço dos alunos após o trabalho.
Recomendaria o curso a outros profissionais da área?
Sem dúvida. O curso excedeu as minhas expectativas e proporcionou-me as competências necessárias para lidar com a crescente relevância dos dados no setor das telecomunicações. Embora ainda não tenha tido a oportunidade de aplicar diretamente os conhecimentos no trabalho, já sinto que o curso melhorou as minhas capacidades analíticas e a minha compreensão da importância dos dados. O curso oferece uma sólida componente prática, que considero essencial para quem, como eu, gosta de "pôr as mãos na massa". Recomendo-o vivamente a quem deseja aprimorar os seus conhecimentos em Data Science, especialmente para quem vem de uma área técnica.
Esta entrevista é um testemunho claro do impacto que o programa de Data Science para Engenheiros, do Técnico+ Formação Avançada, pode ter na carreira de um profissional. Combinando teoria e prática, a formação proporciona aos alunos as ferramentas necessárias para enfrentar os desafios da era digital e, como João exemplifica, ajuda a transformar a curiosidade e o interesse em competências técnicas aplicáveis ao mundo real.
Se está à procura de crescer na carreira e explorar o mundo dos dados, a Pós-Graduação em Data Science para Engenheiros da Técnico+ Formação Avançada é o próximo passo para si.
