Sabe qual é a grande diferença entre o Homem e AI?
Com este artigo não pretendo de maneira nenhuma posicionar-me como uma expert de AI, porque aliás não sou. Muita tinta já foi escrita sobre AI e o que é facto é que para a maior parte de nós este ainda continua a ser um mistério. Muitos de nós ainda pensa que a AI só chegará a ser uma realidade no decorrer das gerações futuras e que não nos impactará muito, enquanto estivermos “no activo”. Talvez seja o momento para se desenganar. A AI está aí e vem mais forte e mais rápida do que nós esperamos. Muitos avanços têm sido feitos, que a maioria de nós nem suspeita e, por conseguinte, o melhor é também nós próprios nos prepararmos para esse grande momento, que para alguns poderá ser um choque e para outros um deleite!
A preparação que recomendo é um fortalecer da consciencialização de cada um - uma jornada para conhecer-se melhor e realmente perceber que acontecimentos despoletam a sua melhor versão e a sua pior versão, por mais ténue que seja. Perceber como funciona por dentro a nível cognitivo e também a nível emocional; compreender o impacto da forma como comunica; a inspiração que é, ou deixa de ser, para as gerações mais jovens e como realmente influencia os outros, nomeadamente os seus pares, com quem não tem nenhuma relação de autoridade, onde o “faz porque sim”, ou “faz porque te estou a mandar” nunca há-de funcionar, por mais vontade que se tenha de o dizer.
Vejamos estes dois importantes factos:
1 - De acordo com um estudo realizado pela docente Drª. Sara Midões e referido pelo Expresso, cerca de 56% das pessoas que decidem sair da organização que a empregou, fá-lo por não querer continuar a trabalhar com a chefia que tem. E 81% dos profissionais já ponderaram deixar a empresa devido à chefia que têm.
2 - Cada um de nós está 24 horas por dia a ser um exemplo: bom ou mau.
Portanto, a conclusão premente que se retira destes dois pontos é: não queiramos ser nós a razão pela qual alguém sai da organização, por sermos um mau exemplo, porque não soubemos liderar, porque não quisemos saber, porque não soubemos fazer melhor.
Queiramos então querer saber melhor, querer fazer melhor, investir tempo em melhorar as nossas capacidades humanas, menos técnicas é certo, e mais relacionadas com os softs skills, que, diga-se de passagem, de soft não têm nada.
Esta é uma caminhada que de um certo modo vai requerer coragem. Coragem para nos conhecermos melhor, explorar o nosso âmago mais íntimo, trabalhar partes mais difíceis da nossa personalidade e que por conseguinte, vai resultar (nós, obviamente, querendo) num ajuste ao contexto que nos rodeia (tarefas e pessoas), numa adaptação a uma realidade holística onde as vontades não são apenas controladas por nós, dando lugar a uma nova versão de nós próprios enquanto líderes e enquanto pessoas que querem no mais puro do seu ser, ser felizes, viver em paz e com saúde (física, mental e emocional) e fazer um bom trabalho com um bom desempenho.
Aqui vemos a quantidade de adjectivos: bom, feliz, puro, etc. A adjectivação não é mais do que uma comparação e para nos compararmos é importante perceber a escala e sermos objectivos na avaliação que fazemos de nós próprios, das nossas acções, dos outros e da situação. Logo aqui começam as dificuldades, nesta objectivação e nesta avaliação. Por vezes, somos exemplares a avaliar os outros e falhamos quando tentamos fazê-lo a nós próprios, a memória esbate-se, desvalorizamos o impacto que temos, desconsideramos os sentimentos alheios e extrapolamos os nossos. Entramos assim num carrossel de emoções que turvam o nosso juízo de valor, é assim que pensamos, porque simplesmente não nos ensinaram como utilizar estas emoções como informação na nossa tomada de decisão relativamente à forma como damos resposta, reagimos, intervimos e contabilizamos estas emoções ou então como contabilizamos ao mais ínfimo pormenor, não sabendo relativizar e navegar por águas mais turbulentas.
Estou à sua espera!
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