Numa altura em que “informática” parece ser sinónimo de ciência de dados, inteligência artificial, ou cibersegurança, o potencial das tecnologias de realidade estendida (XR) – que englobam todo o espectro de tecnologias desde a realidade virtual (VR) à realidade aumentada (AR), ou realidade mista (MR) – parece estar a passar algo despercebido junto da população e dos próprios informáticos.
“Uma das coisas que os nossos netos acharão mais curiosas em nós é o facto de distinguirmos o digital do real, o virtual do real.” - William Gibson (2007)
Um dos primeiros exemplos de um sistema de XR foi demonstrado por Ivan Sutherland , em 1968, quando ainda frequentava a Universidade de Harvard e sob financiamento do Departamento de Defesa dos EUA. Este sistema já demonstrava muitos dos conceitos chave que cinco décadas mais tarde viriam a estar presentes no mais recente dispositivo Apple, o Apple Vision Pro, nomeadamente a visualização de conteúdos 3D sobrepostos ao ambiente real do utilizador como se dele fizessem parte.
Desde então, a XR já é descrita por muitos como o próximo paradigma da computação: o computador pessoal (ou PC) trouxe o potencial da computação para as nossas casas e para as nossas vidas; os telemóveis permitiram que essa computação estivesse sempre ao alcance dos nossos dedos; mas será a XR, através de óculos inteligentes, que permitirá pela primeira que a computação não se restrinja aos nossos dispositivos e ecrãs, dispondo não só informação contextual diretamente sobre o mundo que nos rodeia, mas afetando como percecionamos a própria realidade.
Assim sendo, é expectável que a XR tenha um impacto ainda maior na forma como trabalhos, aprendemos, ou comunicamos que a adoção dos próprios telemóveis. A XR será capaz de fornecer, por exemplo, acesso mãos-livres a apoio computacional a largos milhões de trabalhadores que operam no terreno (técnicos, engenheiros, médicos, etc.); permitirá às salas de aula tirar partido de uma aprendizagem mais tangível e imersiva; suportará formas realmente híbridas de trabalho e de ensino; permitirá novas formas de terapia e de consultas remotas; revolucionará a forma como interagimos com várias formas de media, arte, e entretenimento; ou simplesmente aumentará a capacidade dos nossos sentidos, de forma a tornar a computação verdadeiramente acessível e inclusiva. Como tal, em 2022, o mercado global da XR foi avaliado em 38,56 mil milhões de dólares, prevendo-se um aumento de 49-60% da taxa de crescimento anual composta no segmentos dos óculos inteligentes.
Com base nesta informação, é com prazer que anuncio o próximo curso de especialização do Técnico+ de Introdução à XR com o visionOS e o Apple Vision Pro, que tem como objetivos: (i) o ensino dos princípios e conceitos fundamentais da XR, isto é, o que a torna diferente de outros paradigmas da computação; (ii) providenciar experiência prática na conceção e desenvolvimento de aplicações XR; e em geral, (iii) realizar o “upskill” para XR.
Conheça o Curso:
O curso de especialização em Introdução à Realidade Estendida (XR) com VisionOS e Apple Vision Pro, pretende dotar os participantes dos conhecimentos fundamentais por detrás da realidade estendida. Neste curso, através de uma abordagem teórico-prática, irão ganhar experiência na conceção e desenvolvimento de aplicação, baseadas no VisionOS e Xcode. Ao frequentar este curso é pretendido que os participantes: