A boa estratégia empresarial cria valor para os clientes e para os acionistas, de forma competitiva e sustentada, tornando a empresa diferenciada das suas concorrentes e proporcionando-lhe uma performance superior. A diferenciação do produto ou serviço, fundamental em mercados competitivos, pode ser atingida pela qualidade, pelo preço, pela rapidez ou por outra forma de aumentar a conveniência, pelo design, pela inovação, pelas características ambientais do produto ou do serviço oferecido, etc.
São muitas as possíveis variáveis estratégicas. A pandemia veio alterar a importância de algumas delas e introduzir novas. Tornaram-se mais relevantes aspetos como a presença online, os pagamentos contactless e os canais de entrega domiciliária, isto é, novas formas de fazer chegar o produto ao cliente. Para evitar dependência e exploração oportunista do poder de mercado acrescido, justificou-se nalguns casos a estratégia de investir em canais próprios. A gestão do relacionamento com os clientes ganhou acrescido relevo e novas formas, de modo mais acentuado com a suspensão temporária da atividade.
Mas a estratégia empresarial mudou também no que diz respeito à necessidade de simular cenários alternativos e estar tanto quanto possível preparado para ajustamentos rápidos, num contexto de extrema incerteza. Num ambiente económico em que os mercados de exportação podem nem sempre ser alternativa ao mercado interno (apesar da atual menor sincronização da pandemia a nível internacional), tal pode incluir o abandono da atividade habitual para conversão para setores onde a procura se tenha expandido. É sabido que alguns produtores de equipamentos passaram a fabricar ventiladores, no setor têxtil houve mudança para a produção de máscaras e batas, e a produção de perfume foi adaptada para dar lugar ao gel desinfetante.
O efeito económico global da pandemia é a outra face da moeda dos benefícios da globalização e do comércio. Para lidar com a redução de receitas originada pela pandemia, as empresas têm tentado diminuir custos adiando investimentos ou limitando a sua presença internacional, e nalguns casos têm reduzido o pagamento de dividendos para reforçar a liquidez. O aumento de custos por efeito das medidas preventivas para evitar a propagação do vírus é transversal às empresas que se mantiveram a laborar presencialmente. No entanto, como é sabido, a pandemia tem afetado de forma diferente os vários setores. Em termos gerais, há setores que mantiveram a atividade ou mesmo a expandiram, como os serviços de saúde, incluindo as farmacêuticas, ou o setor de informação e comunicação, enquanto os serviços, nomeadamente os associados ao turismo, alojamento e restauração, se contraíram.
Crescer em tempos de pandemia pode parecer paradoxal. Porém, nalguns casos as oportunidades existem e justificam-se. Não só o crescimento vertical, por incorporação de atividades anteriormente subcontratadas, evitando assim a dependência externa em ambiente de grande incerteza, mas também o crescimento de diversificação para entrada em novos mercados e para exploração de eventuais economias de gama. O crescimento horizontal de consolidação da posição num dado mercado pode igualmente fazer sentido, adquirindo concorrentes que tiveram maiores dificuldades em se ajustar às novas condições geradas pela pandemia e cujo valor de mercado pode estar deprimido, mas que, quando houver retoma económica, voltarão ao seu valor original. A aversão ao risco, exacerbada pela forte incerteza, favorece este crescimento externo. Em mercados em que a contração da procura foi mais forte e se prevê que não regresse inteiramente aos níveis pré-pandemia, é de esperar uma maior concentração, com consequente poder de mercado acrescido por parte da oferta. Com menor dimensão do mercado e com a possibilidade de adquirir a baixo custo, mercados relativamente concorrenciais antes da pandemia poderão transformar-se em oligopólios, onde a interação estratégica determina o equilíbrio do jogo, e os oligopólios aproximar-se da monopolização. É sabido que os períodos de crise permitem o reforço competitivo das empresas que conseguem resistir, levando até ao desaparecimento das mais fracas.
Definir e implementar uma boa estratégia empresarial e compreender e reagir à estratégia das rivais é fundamental num mundo em mudança. Estes e outros temas são abordados no curso de Estratégia Empresarial para Engenheiros oferecido pelo Técnico+, combinando a apresentação teórica dos conceitos e resultados com a ilustração através de casos práticos.
Os cursos de Economia para Engenheiros e de Estratégia Empresarial para Engenheiros oferecidos pelo Técnico+ são um contributo no sentido de promover a capacidade de compreender e relacionar fenómenos económicos. A dinâmica dos agentes económicos, em interação entre si e com a envolvente macro, geram adaptações estratégicas e muitas vezes inovadoras, no sentido de preservar ou aumentar a competitividade.
O curso de Estratégia Empresarial para Engenheiros oferecido pelo Técnico+ fornece aos engenheiros ferramentas teóricas e aplicadas para melhor entender os conceitos fundamentais da concorrência empresarial, da regulação económica e da análise e funcionamento dos mercados.
O curso dá resposta a esta e outras perguntas, complementando a discussão com recurso a casos reais, abordando também as alterações nas cadeias de valor e as disrupções nos modelos organizacionais e de negócios na sequência da atual crise pandémica e alargando a capacidade de análise e interpretação dos comportamentos estratégicos das empresas no mercados em que se inserem, no sentido de os antecipar num ambiente de ação-reação entre rivais (“jogo”) com eventuais assimetrias de informação.
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A estas e outras perguntas se pretende dar resposta, a partir dos conceitos económicos fundamentais e da sua aplicação quer à economia portuguesa quer à União Europeia e à zona euro em que estamos inseridos, permitindo uma análise rigorosa dos efeitos em causa e um olhar crítico sobre a informação transmitida nos jornais económicos nacionais e internacionais. Este curso constitui uma importante mais-valia para os participantes, ajudando a melhor entender o ambiente económico em que se insere a sua organização.