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Inteligência Artificial Generativa

À Conversa com Arlindo Oliveira

No mais recente episódio do podcast do Observador, o Professor Arlindo Oliveira partilha uma análise perspicaz sobre o futuro da inteligência artificial (IA) e o seu impacto no mercado de trabalho. A evolução acelerada desta tecnologia,  acarreta questionamentos cruciais, tais como: "A IA irá comprometer os nossos postos de trabalho?" ou "Estaremos à beira de um novo horizonte de oportunidades e inovação sem precedentes?"

O Professor Arlindo desfaz vários equívocos relacionados à IA, salientando tanto os desafios como as vantagens potenciais que esta tecnologia promete oferecer. A conversa aborda como a automação, impulsionada pela IA, está a reformular o cenário profissional, através automatização de tarefas do quotidiano que permite às pessoas terem a oportunidade de se dedicar a atividades mais criativas e estratégicas.

Kristalina Georgieva, presidente do FMI, antecipa que até 60% dos empregos nas economias desenvolvidas e 40% dos restantes países sejam afetados pela Inteligência Artificial. O Professor Arlindo, ao comentar estes dados, sugere que, embora os estudos baseiem-se em premissas diversas, tais projeções não lhe parecem descabidas. Contudo, enfatiza a importância de considerar a velocidade de adoção tecnológica pelas empresas, os recursos humanos envolvidos e o investimento necessário, apontando que a implementação não será instantânea.

Atualmente, a tecnologia impacta mais significativamente o setor dos serviços do que as profissões que requerem interação física com o mundo real. As economias em larga escala tendem a depender de tarefas automatizadas e  demonstram uma adoção mais rápida dessas tecnologias. Segundo o Professor, o tempo emerge como um fator crucial nesta equação.

O Prof. Arlindo ao longo do podcast, contraria a ideia de que nações menos desenvolvidas enfrentarão menos desafios associadas a esta tecnologia, argumentando que tais países, por serem economicamente mais fragilizados, lidarão com problemas distintos. A adoção da IA pelas empresas implica um aumento de produtividade e competitividade, mas traz consigo outros desafios.

Quanto à proposta do FMI de criar uma rede de proteção para os trabalhos potencialmente afetados pela IA, o Professor Arlindo concorda em princípio com os mecanismos de proteção. No entanto, ressalva que há pouca evidência de desemprego causado diretamente pela tecnologia, pois geralmente as pessoas adaptam-se, como demonstrado em Portugal e na Europa.

O desemprego provocado pela IA não figura entre as maiores preocupações do professor. Ele questiona também o a evidência de um agravamento do fosso geracional, argumentando que, apesar da velocidade das mudanças, a tecnologia é acessível e sua utilização, intuitiva. A formação surge, então, como  um elemento chave no que toca à  adaptação às novas realidades.

Sobre as profissões mais suscetíveis à integração tecnológica, como advogados, médicos e juízes, o Professor aponta para a imprevisibilidade dos impactos, sublinhando que os critérios de afetação podem evoluir.

Finalmente, ao debater se o aumento de produtividade resultará em mais tempo livre ou salários reduzidos, o Professor mostra-se otimista, não antevendo uma inversão da tendência de ganhos salariais proporcionalmente ao tempo trabalhado.

Este episódio do podcast oferece uma análise equilibrada sobre o papel da IA no futuro do trabalho, convidando os ouvintes a refletirem sobre as mudanças em curso e como podemos preparar-nos para elas. Para aprofundar este tema fascinante e explorar outras perspetivas de Arlindo Oliveira, acesse o podcast "A IA vai ficar com os nossos empregos?" no Observador.

Inteligência Artificial Generativa

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