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T+ Alumni Talks: Entrevista a Gonçalo Gameiro

Gonçalo Gameiro é Engenheiro Aeronáutico na Força Aérea, prestando serviço no comando da Logística,  e foi formando na primeira edição do curso em Engenharia da Ciência de Dados.

O Gonçalo analisa os dados de vibrações e óleos das frotas na Força Aérea, e falou connosco enquanto frequentava o curso. O alumnus contou-nos que identificou a necessidade de obter formação na área da ciência de dados pois queria obter "mais informações relativamente aos dados" que possui, dado que é "sempre mais vantajoso".

 

Qual é o seu percurso académico e profissional?

Eu, assim que terminei o secundário, ingressei na Academia da Força Aérea, na especialidade de engenharia aeronáutica, complementada, em termos de ensino, com o Mestrado Integrado em engenharia aeroespacial no Técnico. Eu trabalho como engenheiro aeronáutico na Força Aérea e as minhas funções, neste momento, passam pela análise de parâmetros de vibrações e análise das frotas.

 

O que o levou a procurar uma formação na área da ciência de dados?

Com o passar do tempo, fui-me apercebendo que temos uma grande quantidade de dados que não está a ser trabalhada, e, juntando isso a outras áreas que também são do nosso interesse, como a área da fiabilidade, decidimos enveredar pela ciência de dados, para conseguir ter mais ferramentas que nos permitam ganhar informação para analisar os dados que temos. Uma das coisas que nós acabávamos por sentir era, muitas vezes, não saber o que é que queríamos perceber, tendo em conta aquilo que nós tínhamos. Acabava por ser tudo muito repetitivo e as análises não eram feitas atempadamente, porque nem sempre o tempo é abundante. Assim, se já tivéssemos algum tipo de ferramentas que nos permitissem fazer uma análise mais detalhada ou, pelo menos, que nos desse mais informações relativamente aos dados que já temos, seria sempre mais vantajoso.

Ou seja, no fundo, procurei esta formação, não só para ter uma melhor análise dos dados que nós já temos, mas, também, perceber que outros dados é que nós podemos ter, face àquilo que queremos descobrir. Até era mais nesse sentido.

Nós, de certa forma, temos algum poder, em termos de sistemas de informação, para conseguir escolher os dados que temos ao nosso dispor. Assim, podemos escolher dados diferentes, caso cheguemos à conclusão que um indicador ou um parâmetro tem mais ou menos informação que outros que estamos a usar agora. Não foi tanto pelos dados que nós já temos, era mais para perceber até onde é que podemos chegar e onde é que podemos estar a ser limitados.

 

O que o fez escolher esta formação, em específico?

Essencialmente, foi o Programa de Especialização. A oferta do Programa é muito vantajosa porque é muito variada. Começámos com este curso introdutório, de ciência de dados, e depois existem, também, os módulos complementares, podendo fazer a Pós-Graduação completa. Foi importante terem essa oferta disponível. Foi ponto de interesse bastante grande.

O facto de ser o Técnico também me dá muito mais confiança porque conheço a Instituição há muito tempo. A oferta nesta área, de momento, é muito grande, e, conhecendo o Técnico, acabou por ser um grande trigger para me inscrever.

 

Quais considera os pontos fortes deste curso?

O ponto mais forte, para já, tem sido a formadora, a Professora Cláudia. Não só apresenta muito domínio do assunto, como tem tido uma disponibilidade muito grande para nos esclarecer. Portanto, para já, esse tem sido o ponto mais forte.

Na minha área, tenho algum background de programação, mas não tinha praticamente nenhum sobre ciência de dados, e até agora tem sido muito positivo. Estou a gostar bastante.

No geral, tem sido bastante interessante. Para já, estamos nos métodos mais convencionais, por assim dizer. O meu Mestrado é no ramo de aeronaves, e pelo contacto com os colegas de Aviónica, já conhecia a aplicação de alguns destes algoritmos. No entanto, apesar dos termos não serem todos desconhecidos para mim, eu não sabia exatamente o que é que eles significavam e, nesse aspeto, tem sido interessante. Estou a aprender as coisas desde a raiz.


Sente que alcançou o que procurava?

Sim. Até agora, corresponde às expectativas.

Uma das coisas para as quais a Professora Cláudia se disponibilizou, desde logo, foi para trabalharmos com dois datasets, um dado por ela, para nos ambientarmos, desde cedo, à linguagem de programação e às técnicas que vamos abordando. O outro dataset, a Professora sugeriu que fosse relacionado com a nossa área de formação ou com o nosso trabalho.

Estamos a trabalhar em pares, e o colega com quem estou a trabalhar também é da minha área, de aviação, e conseguiu um dataset no qual estamos a trabalhar. E isso é logo uma mais-valia, porque fazemos a ponte para as nossas áreas de trabalho, mas também nos expomos a mais situações do que aquelas que estão tipificadas, à partida. Assim, de certa forma, também nos dá versatilidade na abordagem aos problemas, o que é bom, porque uma das coisas que nós abordamos no curso é que nem todos os algoritmos funcionam para o mesmo tipo de dados e, então, temos que saber adaptar-nos. Por isso, conseguir ir trabalhar dois datasets diferentes, em que um deles é sobre o nosso contexto de trabalho, é muito bom, em termos formativos.

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